Desde Março de 2020 que o preço das cestas subiu: a cesta pequena passou a custar €3,60, quando anteriormente custava €3,50 e a cesta grande passou de €7 para €7,20.
Até então, e desde o arranque da cooperativa em Novembro de 2013, que o valor das cestas se mantinha inalterado. A razão da subida do preço foi a chegada da COVID-19, que nos fez enfrentar custos extra, como a compra de máscaras, luvas e gel desinfectante. Hoje, passados quase dois anos, estes custos acabaram por se ir tornando cada vez mais irrelevantes face às despesas que a cooperativa suporta mas, no entanto, os preços das cestas não regressaram ao valor original. Isto porque, após fazermos uma nova análise ao nosso modelo de negócios, vimos que este valor podia ser canalizado para um aumento do preço pago aos agricultores pelas frutas e hortícolas feios com que montamos os cabazes. Decidimos fazer isso, e ainda deu para aumentar os nossos salários.
Ao assegurar um aumento do valor pago aos agricultores por aquilo que eles produzem, estamos a consolidar a relevância do nosso papel na luta contra o desperdício alimentar. Pagar um valor que cubra o custo de produção é uma coisa, mas querer ir para além disso é assumir o significado próprio de um dos objetivos mais importantes da Fruta Feia.
Subir o valor pago aos agricultores, aumentar os salários dos trabalhadores da cooperativa e manter a sustentabilidade financeira do projecto sem perder os valores que nos definem é para nós um sinal claro que estamos a avançar no rumo certo. Ainda bem, porque fazemos isto com todo o gosto!